Adoro a Zezé Polessa e o Daniel Dantas, são verdadeiros atores, não perderei por nada. Ayla Nassif
Texto: Edward Albee
Direção: Victor Garcia Peralta
Elenco: Zezé Polessa, Daniel Dantas, Ana Kutner, Erom Cordeiro
Após uma festa da universidade, Jorge, um professor de História, e a mulher Marta, que é filha do reitor, decidem receber em sua casa um jovem casal para tomar um drinque. O encontro se transforma numa lavação de roupa suja, cheia de jogos perversos e manipulações.
Lavagem de roupa suja
Separados há 20 anos na vida real, Zezé Polessa e Daniel Dantas voltam a formar um casal na peça “Quem tem medo de Virginia Woolf?”, do americano Edward Albee, que estreia hoje no Teatro dos Quatro. A montagem, comandada por Victor Garcia Peralta, também reúne o filho dos dois, o tradutor e assistente de direção João Polessa Dantas, para contar a longa jornada noite adentro de Marta e Jorge, regada a muitos drinques e desaforos. Escrita em 1962, a peça é um clássico do teatro moderno .
— Aconteceu. Estamos os três juntos nessa e aproveitando. Alguma coisa vamos aprender com a experiência — analisa Zezé Polessa, feliz com a oportunidade. — Eu e o Daniel desenvolvemos uma amizade ao longo dos anos. Há intimidades que se desenrolam só em cena, mas aqui é diferente. Não posso fingir que ele não é meu ex-marido. E o João está no meio disso. Estou orgulhosa — diz.
Para interpretar a amarga e explosiva Marta, filha do reitor da universidade onde Jorge, seu marido, é professor de História, a atriz buscou inspiração em seu próprio avesso.
— Ela é bem mais violenta do que eu, visceral. Sou mais diplomática, analisada, pé no chão — conta Zezé.
A lavagem de roupa suja entre a personagem e o marido chega ao ápice com a visita do jovem casal Mel (Ana Kutner) e Nick (Erom Cordeiro), que esquenta o embate com suas próprias questões.
— Mantivemos um pé nos anos 60. A estética, os figurinos, a discussão do lugar da mulher... E as ilusões. A frustração do Jorge de não ser um escritor. E a dela, que quer que ele assuma o cargo do pai — encerra Zezé.
Separados há 20 anos na vida real, Zezé Polessa e Daniel Dantas voltam a formar um casal na peça “Quem tem medo de Virginia Woolf?”, do americano Edward Albee, que estreia hoje no Teatro dos Quatro. A montagem, comandada por Victor Garcia Peralta, também reúne o filho dos dois, o tradutor e assistente de direção João Polessa Dantas, para contar a longa jornada noite adentro de Marta e Jorge, regada a muitos drinques e desaforos. Escrita em 1962, a peça é um clássico do teatro moderno .
— Aconteceu. Estamos os três juntos nessa e aproveitando. Alguma coisa vamos aprender com a experiência — analisa Zezé Polessa, feliz com a oportunidade. — Eu e o Daniel desenvolvemos uma amizade ao longo dos anos. Há intimidades que se desenrolam só em cena, mas aqui é diferente. Não posso fingir que ele não é meu ex-marido. E o João está no meio disso. Estou orgulhosa — diz.
Para interpretar a amarga e explosiva Marta, filha do reitor da universidade onde Jorge, seu marido, é professor de História, a atriz buscou inspiração em seu próprio avesso.
— Ela é bem mais violenta do que eu, visceral. Sou mais diplomática, analisada, pé no chão — conta Zezé.
A lavagem de roupa suja entre a personagem e o marido chega ao ápice com a visita do jovem casal Mel (Ana Kutner) e Nick (Erom Cordeiro), que esquenta o embate com suas próprias questões.
— Mantivemos um pé nos anos 60. A estética, os figurinos, a discussão do lugar da mulher... E as ilusões. A frustração do Jorge de não ser um escritor. E a dela, que quer que ele assuma o cargo do pai — encerra Zezé.
Três perguntas para Zezé Polessa
A atriz comprou os direitos de Quem Tem Medo de Virginia Woolf? e interpreta a protagonista, Marta, na quarta montagem brasileira do clássico drama do americano Edward Albee
por Carolina Barbosa | 09 de Outubro de 2013
Como emprestar frescor a um clássico encenado diversas vezes e que, adaptado para o cinema, ganhou o Oscar em cinco categorias? A gente quis fazer a nossa montagem. A peça foi escrita em 1962, no ano passado ganhou até encenação especial de cinquenta anos. Não tem muito que inventar, não. É um texto muito rubricado, amarrado, com as intenções que o autor queria dar aos personagens, às situações. Claro que buscamos um cenógrafo contemporâneo (Gringo Cardia), fizemos algo moderno, com luz de qualidade (do Maneco Quinderé), figurino bacana, mas tudo muito dentro do proposto.
Edward Albee costuma inspecionar as montagens da peça. Como foi esse contato? Foi bem difícil. Ele foi muito exigente, afinal esse texto é a menina dos olhos dele. O Albee queria ver cenário, figurino, tudo pronto mesmo antes de aprovar a cessão de direitos. Levou um ano o processo todo. Quando ele aprovou, pensei: ufa, estamos no caminho certo! Senti que ficamos fortalecidos ao final.
Você tem uma sólida carreira como atriz, uma trajetória de quatro décadas, mas também se formou em medicina pela UFRJ. Carrega alguma influência dos tempos de universidade? Não cheguei a trabalhar como médica, do meio para o fim da graduação já sabia que não queria aquilo. Não gostava de ver sangue. Mas teve uma coisa muito interessante. A faculdade e os cursos que fiz em hospitais me deram uma consciência da realidade brasileira, da pobreza, da falta de higiene, de saneamento básico. Isso tudo contribuiu para me deixar de pé no chão. Não me deslumbro com o fato de ser atriz, o mundo da TV ou a fama.
Edward Albee costuma inspecionar as montagens da peça. Como foi esse contato? Foi bem difícil. Ele foi muito exigente, afinal esse texto é a menina dos olhos dele. O Albee queria ver cenário, figurino, tudo pronto mesmo antes de aprovar a cessão de direitos. Levou um ano o processo todo. Quando ele aprovou, pensei: ufa, estamos no caminho certo! Senti que ficamos fortalecidos ao final.
Você tem uma sólida carreira como atriz, uma trajetória de quatro décadas, mas também se formou em medicina pela UFRJ. Carrega alguma influência dos tempos de universidade? Não cheguei a trabalhar como médica, do meio para o fim da graduação já sabia que não queria aquilo. Não gostava de ver sangue. Mas teve uma coisa muito interessante. A faculdade e os cursos que fiz em hospitais me deram uma consciência da realidade brasileira, da pobreza, da falta de higiene, de saneamento básico. Isso tudo contribuiu para me deixar de pé no chão. Não me deslumbro com o fato de ser atriz, o mundo da TV ou a fama.
Serviço:
Teatro dos Quatro - Shopping da Gávea - 2ºpiso - Rua Marquês de São Vicente 52 - Gávea
De 11 out 2013 até 1 dez 2013
sex e sáb 21h | dom 20h
R$ 70.00 (sex); R$ 80.00 (dom); R$ 90.00 (sáb)
Duração: 140 minutos
Classificação: 14 anos
Informação: (21)2239.1095
Fonte: http://mancheteonline.com.br
Fonte:http://rioshow.oglobo.globo.com
Fonte: http://vejario.abril.com.br
Fonte:http://rioshow.oglobo.globo.com
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